Arcebispo anuncia local para última Romaria rumo ao Centenário
Por Maria Cícera – Pascom Arquidiocesana
Sol forte e clima agradável continuaram presentes no período da tarde, 07 de julho. As apresentações culturais foram todas realizadas na praça em frente a igreja Matriz de Santa Luzia de Siracusa.
Dentro da Igreja Matriz, os fiéis se reuniram para a oração do Terço da Misericórdia, conduzido por padre Tito Regis, da paróquia São Miguel Arcanjo, em Maceió; e para adoração ao Santíssimo Sacramento, dirigida por padre José Daniel, futura paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Coqueiro Seco.
Padre José Daniel conduziu, em cortejo, o Santíssimo Sacramento para a Praça Multieventos, onde uma multidão de fiéis esperava ansiosa por este momento.
O Arcebispo Dom Antônio Muniz Fernandes presidiu a Santa Missa, após a bênção do Santíssimo, e padres da Arquidiocese concelebraram. O metropolita iniciou a celebração citando a liturgia do dia e pedindo que as pessoas se voltassem umas às outras e fizessem o sinal da cruz em suas frontes. Estiveram presentes diáconos e seminaristas.
Na homilia, após a proclamação do Evangelho pelo Diácono André Soares, Dom Antônio Muniz destacou a forte presença dos filhos e filhas de Deus vindos de muitas paróquias da Arquidiocese de Maceió.
“Nós podemos dizer que em todo o território da Arquidiocese, podemos proclamar o que o Evangelho de hoje nos ensina: O Reino de Deus está próximo!”, e continuou entusiasmado o metropolita: “Enxerguei aqui a alegria dos filhos e filhas da cidade ou dos que moram em outras cidades e estão aqui. As portas, em forma de acolhida para que pudéssemos levar a paz e também tomar um copo d’agua”. Finalizou salientando que a ação acolhedora do povo é um traço do Reino de Deus e que tratar-se como verdadeiros irmãos e irmãs é uma característica marcante do cristão comprometido com o Reino.
Destacou a importância de acender uma chama nos jovens e adolescentes, com relação a Vocação. A Messe é grande e precisa de operário. E anunciou que no dia 1º de setembro irá ordenar 05 novos diáconos, jovens que caminham para o sacerdócio. Frisou a importância de cada pai e mãe de família acender uma pequena chama no coração dos jovens com relação a vocação sacerdotal ou religiosa, pois a Messe é grande e faltam operários. “É uma preocupação desta Arquidiocese pedir ao Senhor que envie mais operários. Que Ele escolha quem enviar. Meus irmãos e irmãs caminhamos, durante este dia, como Igreja missionária e peregrina, mas encerramos o dia como Igreja orante.
Destacou e agradeceu o árduo trabalho das Paróquias de Satuba, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, que fazem parte da Área Pastoral Manguaba, e da Prefeitura da cidade que sediou o evento. Observou que todo esforço foi feito para que os peregrinos se sentissem em casa e pudessem viver, com fé e devoção, a programação preparada pela Comissão do Centenário.
Dom Antônio Muniz recordou a primeira Romaria e explicou o porquê de ter sido para a cidade de Porto Calvo, “Por ser a primeira paróquia do Estado de Alagoas, a Paróquia Nossa Senhora da Apresentação acolheu os fiéis da primeira Romaria do Centenário. Fizemos uma linda romaria para lá!”.
E continuou sua explicação: “Por que Escolhi Santa Luzia? Porque este ano comemoramos 200 anos da paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres, hoje Catedral Metropolitana e Sé arquidiocesana de Maceió. Ela nasceu da paróquia de Santa Luzia de Siracusa”, e frisou que a intenção também era mostrar os primeiros frutos do trabalho da paróquia de Santa Luzia.
Ainda em sua análise histórica, o arcebispo falou que no final do séc. 16 e início do séc. 17, quando o Estado ainda era comarca de Pernambuco, havia duas Lagoas: uma chamada Santa Luzia da Lagoa do Norte e a outra Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, hoje conhecida por todos como a Cidade de Marechal Deodoro. Com esta explicação o arcebispo surpreendeu a todos anunciando o local da III Romaria do Centenário.
“Então encerrando este círculo de Romarias e esta viagem na história decidi que iremos viver a próxima Romaria do Centenário na Lagoa do Sul, em Marechal Deodoro. Em breve anunciaremos a data”, disse dom Antônio Muniz.
Rezou para que Deus protegesse, abençoasse e ensinasse a todos a trilhar os seus caminhos. “Como Jesus enviou os 72, também envie os milhares que aqui estão para anunciar a vida e a esperança, para ser luz e levar o Evangelho de nosso Salvador, o filho de Maria”.
Após a Santa Missa padre Luciano Soares, pároco de Santa Luzia de Siracusa, convidou, o secretário de Cultura do município e poeta, Pedro Soares, para ler uma poesia de cordel, que encantou a todos.
O Padre expressou sua gratidão ao prefeito da Cidade pela colaboração e salientou a força e a dedicação das equipes de trabalho da Paróquia que até tarde desempenharam suas funções. Foi feito, ainda, o sorteio de uma imagem da Padroeira da Arquidiocese.
Para Elimerson, coordenador da Pascom paroquial, falar da Romaria é falar sobre gratidão. “Bonito ver o engajamento de todos os grupos. Cada um em sua função, do dia anterior ao final do evento. O que me chamou a atenção foi constatar que as pessoas, que vieram em caravanas, deram um testemunho de que a Arquidiocese não se concentra apenas em Maceió, mas em várias cidades do interior”.
A Paróquia informou que, durante todo o dia, cerca de 6 mil romeiros passaram na cidade, incluindo os paroquianos. A Comunicação da Arquidiocese, através da Pascom Arquidiocesana e Pascom Santa Luzia, realizou a cobertura de todo o evento, com a colaboração das Pascoms do Inocoopo, em Maceió; de Satuba e da Praia do Francês. Destaque também para a Rádio Imaculada 92,3 FM que realizou a transmissão durante o período da tarde.