[Artigo] – Diácono Luiz Antônio
Arquidiocese de Maceió
Neste mês de junho, temos por tradição, festejar alguns santos da Igreja Católica. Um deles é Santo Antônio de Pádua, comemorado liturgicamente, no dia 13 do corrente mês. (Data de sua morte). E a história deste Grandioso Homem começa com seu nascimento, no dia 15 de agosto de 1195, em Lisboa (Portugal). Em seu batismo, recebeu o nome de Fernando Antônio de Bulhões. De família nobre e rica, filho único de Martinho de Bulhões, importante oficial do exército. Sua formação teve inicio na Catedral de Lisboa.
Aos dezenove anos de idade, contra a vontade do pai, ele entra para o Mosteiro dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Amante dos livros, usufruía da grande biblioteca do mosteiro, para crescimento da sabedoria, sem esquecer de aprofundar a fé, através da oração.
Até então, o jovem Antônio não havia conhecido a Ordem Franciscana e isso só veio acontecer, depois de ser ordenado sacerdote, em Coimbra.
Ainda jovem, já bem famoso por suas eloquentes pregações, muitas pessoas procuravam ouvi-lo. Há inúmeros relatos de milagres, através de suas pregações.
Tudo estava muito tranquilo na vida do Padre Antônio, quando veio conhecer os franciscanos, e tanto se entusiasmou com a sua radical e profunda vivência do Evangelho, que, depois deste encontro, tornou-se o Frei Antônio.
Mais tarde, guiado pela mão de Deus, Antônio conheceu São Francisco. E houve um encontro tão pessoal com este Santo, havendo uma profunda partilha de espiritualidade, a ponto de São Francisco confiar-lhe a formação teológica dos seus Irmãos Franciscanos.
Quando houve a devida necessidade, usou de sua inteligência e conhecimentos literários, para defender os interesses da Ordem, em Roma. Faleceu em Pádua, na Itália, a 13 de junho de 123 , com apenas 36 anos.
Logo depois de sua morte, em um curto período de 11 meses, foi beatificado, pois serem inúmeros os milagres que aconteciam por sua interseção. É invocado contra as aflições e perigos e, comumente, para encontrar bens perdidos. Tem uma fama popular de ser o Santo casamenteiro, por haver ajudado a uma pobre jovem a se casar, depois de ter conseguindo o dote para seu casamento.
É deveras um Santo muito invocado, em diversas necessidades contra a fome, a peste e a guerra.
Aqui, está uma grande oportunidade de recorrermos, suplicando-lhe o fim desta pandemia do Corona Vírus que tanto está assolando o mundo.
Quando o seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta, como prova de sua pregação do Evangelho ter sido inspirada por Deus.
Sua imagem é retratada segurando o Menino Jesus, em seus braços, por haver um milagre, ainda em vida. Em uma de suas viagens, hospedou-se na casa de um fidalgo. Este, à noite, caminhando por sua casa, foi levado, por devota curiosidade, a espreitar por uma brecha da porta, o que o santo fazia em seu quarto. Para alegria de seus olhos, viu um menino muito belo e alegre nos braços de Santo Antônio, a contemplar-lhe o rosto e a apertá-lo ao peito. O Menino, que era o próprio Jesus, revelou-lhe seu hospedeiro estar espiando, fora do quarto. Após sua oração, pediu ao fidalgo que, enquanto ele estivesse vivo, nada contasse a ninguém, sobre o que presenciara: o glorioso Santo Antônio ter em seus braços, o Salvador.
Possa ele interceder por todos nós e nos livrar de todos os perigos. “Torna manso o furioso mar, das prisões, quebra as correntes, bens perdidos faz achar e dá saúde aos doentes”… (Responsório de Santo Antônio).