A Arquidiocese de Maceió iniciou a I Semana Social Dom Adelmo Machado, nesta quarta-feira (05), no Centro Arquidiocesano de Cultura e Artes Dom Santino, antigo arcebispado. Com objetivo de divulgar os trabalhos das pastorais sociais e homenagear o 5º arcebispo de Maceió, os participantes refletem o tema “Lagoa Mundaú fonte de vida: trabalho e alimento”. Dom Antônio Muniz, sacerdotes, movimentos e fiéis participaram do primeiro dia do evento, que continua até sexta-feira (07).
Monsenhor José Augusto, vigário-geral da Arquidiocese, explicou que o evento apresenta um histórico de trabalhos sociais importantes para a sociedade alagoana. “Temos uma história muito bonita de compromisso com o nosso povo. É uma caminhada de resgate que estamos vivenciando aqui e queremos apresentar a experiência do anúncio da Palavra com o compromisso de resgatar a vida em sociedade para dar vez e voz a todos”, disse.
O sacerdote também destacou a história de dom Adelmo Machado, que foi arcebispo de Maceió entre 1963 e 1976. “Estou muito feliz de ver a figura de dom Adelmo resgatada, como alguém que nos ensina, anima e incentiva para que possamos enfrentar as dificuldades. Ele foi um homem de fibra e uma liderança muito grande que fez com que a Igreja de Maceió também estivesse no meio das questões sociais tendo em vista os menos favorecidos”, acrescentou monsenhor José Augusto.
O coordenador de Pastoral da Arquidiocese, padre Manuel José, enfatizou o sentido da iniciativa da Arquidiocese: “Estamos em sintonia com a CNBB que realiza a Semana Social Brasileira. Neste ano, estamos retomando com a mobilização das pastorais para homenagear a dom Adelmo que deu muita importância a esse trabalho social na sua época. Deixou para nós o centro social que hoje tem seu nome e sempre cuidou do homem do campo”.
Para quem conviveu com dom Adelmo Machado confirma o legado deixado pelo metropolita que faleceu há 35 anos. Sebastiana Brasileiro, que trabalhou e acompanhou o bispo durante 16 anos, também participou do primeiro dia do evento. “Homenagem muito bonita e justa. Dom Adelmo era uma pessoa simples e ajudava as pessoas que sofriam com tragédias, como enchente. Quase todo dia tinha gente necessitada no portão daqui desta casa pedindo sua ajuda e ele nunca se negava a ajudar”, relatou a aposentada.
O evento também faz parte das celebrações dos 100 anos de criação da Arquidiocese. Padre Emerson Lima, coordenador das Pastorais Sociais, lembrou que é um meio de inserir os leigos no clima do centenário. “Essa semana está inserida dentro das comemorações do primeiro centenário da Arquidiocese e reúne as pastorais que fazem parte da vida da Igreja, como as pastorais da Criança, da Pessoa Idosa e Familiar, CPT, e outras que ajudam a Igreja a caminhar”, pontuou.
A Semana Social acontece em três dias. Nessa quarta (05), a programação contou com um relato histórico de dom Adelmo, feito pelo cônego José Everaldo, e reflexão com o historiador Fernando Medeiros. Nesta quinta-feira (06), uma mostra com os trabalhos sociais da Igreja em Maceió estará exposta no local, além da venda de produtos produzidos por eles, aberta das 8h às 17h. Às 15h haverá reflexão o tema, testemunho e apresentação musical. A programação será encerrada com o tradicional Grito dos Excluídos no dia 07 de setembro.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) reconhece a importância da iniciativa da Arquidiocese. “É um momento em que a Igreja chama a sociedade para refletir sobre as obras e a importância de dom Adelmo, que se preocupava com os pobres, pescadores, indígenas, aqueles que viviam em situação de indigência. Não se pode falar da história da Arquidiocese sem lembrar a importância de dom Adelmo”, disse Carlos Lima, coordenador da CPT em Alagoas.
Por: Thiago Aquino / Pascom Maceió