Tempo Comum: um chamado ao crescimento espiritual e à plenitude de Cristo

Por Mariane Rodrigues | Setor de Comunicação da Arquidiocese

O período mais extenso do calendário litúrgico – o Tempo Comum – já começou. Dedicado à vida e aos ensinamentos de Jesus, ele teve início no dia 13 de janeiro, ao ser encerrado o período do Natal, com a celebração do Batismo do Senhor, em 12 de janeiro.

Dividido em dois momentos, o Tempo Comum simboliza a esperança, o crescimento e a vida espiritual. Ele celebra o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, como define o Padre Urilian Santana, que coordena a Liturgia da Arquidiocese de Maceió.

“Durante o Tempo Comum, não se celebra nenhum aspecto especial do mistério do Cristo. Comemora-se, no Tempo Comum, o próprio mistério do Cristo em plenitude”, afirma o padre Urilian Santana.

O primeiro momento do Tempo Comum inicia no dia 9 de janeiro e vai até a quarta-feira de cinzas, pós-carnaval, que, neste ano, data de 5 de março. Em seguida, tem-se o Tempo da Quaresma e o Tempo Pascal, tendo como centro do calendário a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Em 2025, o segundo momento do Tempo Comum começa no dia 9 de junho, que é a segunda-feira após a celebração do domingo de Pentecoste, 8 de junho. E assim, ele se estende até o dia 29 de novembro após a Solenidade do Cristo Rei que, em 2025, é celebrada no dia 23 de novembro. Posteriormente, dá-se início ao Período do Advento.

“No tempo comum, iremos poder acompanhar mais de perto o que aconteceu nos últimos três anos da vida de Jesus. Assim sendo, iremos compreender bem a sua mensagem, a sua palavra e sobretudo a sua vida pública”, explica o coordenador da Liturgia da Arquidiocese de Maceió.

Para o sacerdote, nesse período é importante que os fiéis intensifiquem suas orações para adquirir uma experiência pessoal com Deus e progredir na vida espiritual.

“Se não fizermos isso, nós teremos uma dificuldade enorme, porque tudo passa por meio da oração. Ela é o diálogo que nós temos com Deus. Quando nós não rezamos, quando não intensificamos, quando não nos aprofundamos, nós começamos a nos perder no meio do caminho”, explana o padre Urilian Santana, enfatizando que é preciso “colocar os joelhos no chão” para atravessar momentos difíceis que, comumente, surgem durante o Tempo Comum.

Saiba mais sobre o Tempo Comum

  1. Por que “comum”?
  • O Tempo Comum tem essa expressão, não porque ele tenha menos importância que os outros períodos. E sim, porque esse período não é destinado às datas extraordinárias, especiais como o Natal e a Páscoa. Ele é dedicado à vida pública de Jesus, mostrando e conhecendo o cotidiano de Cristo. É o momento de apreciar as pequenas coisas do dia a dia.
    2. Evangelho do Ano: Durante o calendário litúrgico, as leituras dominicais seguem um ciclo de três anos: ano A, B ou C, com foco nos evangelhos de Mateus, Marcos ou Lucas, respectivamente. Neste ano, as leituras focam no Evangelho de São Lucas.
  • 3. Solenidades e Festas: Embora o Tempo Comum não tenha grandes celebrações como o Natal ou a Páscoa, ele inclui festas importantes, como Corpus Christi (19 de junho), o Sagrado Coração de Jesus (16 de junho) e os dias dedicados a vários santos.
  • 4. Símbolo do crescimento: O verde é a cor que representa o Tempo Comum. Ele reflete o crescimento contínuo da fé e da vida cristã, inspirado pelos ensinamentos de Jesus.
  • 5. Tempo de reflexão: É um momento para os fiéis focarem em como aplicar os ensinamentos de Cristo em suas vidas diárias.