XVII Cerco de Jericó: 168 horas de adoração, oração e louvor em Atalaia

A Paróquia Nossa Senhora Conceição reúne cerca de mil fiéis no encerramento do Cerco de Jericó.

Por Arabela Moreira| Pascom Capela

( Uma multidão no encerramento do Cerco de Jericó, 08 – Fotos: Pascom NSC Atalaia)

“Somente em Ti construirei a minha casa”. Esse foi o tema meditado no XVII Cerco de Jericó da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Atalaia. Em sua forma eucarística, Jesus permaneceu do dia 02 até dia 08  de outubro, exposto na Igreja Matriz.

Cerca mil fiéis, sendo presencial e online, e sete sacerdotes da Arquidiocese de Maceió passaram pela paróquia com o objetivo de refletir e adorar o Santíssimo Sacramento. As atividades foram coordenadas por grupos, movimentos, pastorais e pelo pároco, Padre Manoel Francelino.

“O Cerco de Jericó desse ano foi um acalento para a população de Atalaia. […] trouxe essa calma para o povo que sofreu com as enchentes desse ano.
Também, além das batalhas espirituais, travadas nesses sete dias buscando a cura e a libertação, a cidade de Atalaia foi revestida com o manto de nossa senhora do Carmo. O devocional deste ano, foi a imposição do escapulário, onde centenas de pessoas passaram a usá-lo […] Encerramos com a certeza que as muralhas caíram, o mal cairá e o amor de Deus reinará em nossos corações”, afirmou Joanes, Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística e membro da comissão organizadora.

Cada volta do Santíssimo foi reproduzida por louvores e orações, recordando quando o povo eleito de Deus completou o círculo diante dos muros da cidade de Jericó. A sétima volta, realizada nas ruas da cidade, serviu para um pedido e uma bênção especial. “Trouxe-me a experiência de um novo tempo, uma nova vida que move o coração e trás a certeza da vitória! Viver este cerco de Jericó foi reavivar a fé em Jesus e a devoção a Santíssima Virgem Maria.”, enfatiza Janaína, coordenadora da Pascom.

Em sua homilia da Santa Missa de encerramento, Padre Manoel Francelino meditou a liturgia dominical e o tema do Cerco de Jericó. “É preciso dar passos. É preciso romper com os vinagres, com o azedumes da vida do outro. Corte. O mal se corta. Há males que são difíceis de cortar, mas precisa de joelhos no chão para deles se libertar. É preciso que nos deixemos construir nEle a nossa casa, a nossa vida”, declarou o sacerdote.

O Cerco de Jericó é uma campanha de sete dias e sete noites de oração diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento. A sua inspiração mais remota encontra-se no capitulo 6 do livro de Josué. O texto sagrado conta que antes de chegar à terra prometida o povo de Israel se viu diante das grandes muralhas de Jericó que o impediam de prosseguir a caminhada. Obedecendo a voz de Deus, Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, convidou os israelitas a orarem durante sete dias e sete noites rodeando as muralhas de Jericó, na frente a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com o seu povo.

Josué e os israelitas acreditaram na promessa de que no sétimo dia durante a sétima volta, as muralhas cairiam e eles alcançariam a vitória. Hoje, os fiéis se colocam diante da presença de Jesus na Eucaristia e, depositando os seus pedidos e preces, clamam para que as muralhas que os impedem de viver uma vida santa e feliz possam ser derrubadas. O evento é um costume que surgiu em 1979 na Polônia, com o Papa João Paulo II rezando o terço rosário com o Santíssimo Sacramento.